Wednesday, April 20, 2005

Grandezas Inversamente Proporcionais

A unica parte ruim de viajar e’ a volta a rotina. Beijo, beijo, beijo. Meu marido sabe a tortura que e’ para eu levantar apos uma noite de menos de 6 hrs de sono. Ao inves de me dar o costumeiro beijo de bom dia, me acorda com um montao deles (“rise and shine my love!”). Ele sempre tenta melhorar meu humor matinal. Apos tres dias intensos curtindo a Big Apple nao tive intervalo entre o que foi e o que volta a ser para recuperar o sono perdido. Fui lancada de volta a rotina sem estar fisica e mentalmente preparada. Resultado: o estresse aumenta por todas as coisas que eram para ter sido feitas durante os dias que estive ausente e que se acumularam para semana. O corpo implora por descanso. Sem energia, me levanto e comeco a agir em marcha lenta. Atos de zumbi; o corpo se movimenta mecanicamente e meio sem vida. Enquanto isso, a cabeca revisa todas as atividades que me aguardam para o dia. Encontro com minha cliente a noite. Preparar a apresentacao do conceito de minha tese para amanha para os dois arquitetos que faltaram minha primeira banca. Desfazer malas, telefonar para meus pais, ir ao supermercado (droga, meu cereal da manha acabou), marcar encontro com orientadora, comprar material p/ maquete, terminar projeto p/ entregar no trabalho, responder e-mails, pagar cartoes de credito, etc. The list goes on and on and on. Viajar, so’ para quando estamos dispostos a “pagar” pelas consequencias. Como terapia, durante o trabalho, de vez em quando dou uma espiada nas fotos da viagem. Ai tudo se justifica. Quanto mais intensa as lembrancas boas dos momentos ali (= energia gerada durante a quebra da rotina), menos sinto o aqui (= energia para o aqui e agora do dia-a-dia). A teoria das grandezas inversamente proporcionais da matematica se aplicando a vida.

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